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Futuro da organização sindical é debatido durante Congresso da Magistratura do Trabalho
Futuro da organização sindical é debatido durante Congresso da Magistratura do Trabalho
1 dezembro, 2024

Futuro da organização sindical é debatido durante Congresso da Magistratura do Trabalho

Representantes do comércio, dos trabalhadores e da magistratura compuseram painel

É preciso acompanhar as transformações, reconhecer que o mundo mudou, e segue em constante transformação, destacou a desembargadora Adenir Carruesco, do TRT-23, no painel sobre o futuro da organização sindical e desafios das organizações com as constantes transformações no mundo trabalhista. Adenir chamou a atenção do público que é necessário acompanhar o desenvolvimento garantindo a dignidade humana. 

 

Seguindo o caminho do mundo novo, Roberto Lopes, advogado da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Conselheiro do Conselho Curador do FGTS (CCFGTS), acredita que o futuro do sindicalismo será a autorregulamentação. “A autorregulamentação é sustentável. Não podemos depender mais do poder público seja com financiamento ou regulamentação. Além disso, estamos desenvolvendo no Sicomércio, um projeto para dirimir problemas, antecipadamente. Queremos criar uma comissão para evitar processos no Judiciário. Tudo isso criará um ambiente mais seguro, harmônico e moderno”.

 

Desafios tecnologias, robótica, big data, IA e trabalhador


A inteligência artificial (IA), está cada dia mais presente nas relações trabalhistas e na vida das pessoas. É um movimento tecnológico, dos mais audaciosos da história. Sylvia Lorena Teixeira de Sousa, gerente executiva de relações do trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI) acredita que a inteligência artificial vai transformar as formas de trabalho em todas as áreas.

 

“Não é incomum esta onda de pessimismo sobre a inteligência artificial. Foi assim na revolução industrial. Não diminuíram os empregos com a automação, pelo contrário, aumentaram os empregos no mundo todo. E assim será com a inteligência artificial. Ela será uma aliada das empresas e trabalhadores”.

 

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), esperava que em pleno ano de 2024, o mundo estivesse mais equilibrado, não tivesse em guerra, e o Brasil, não tivesse vivendo tantos desafios. “Tentaram exterminar o movimento sindical. Não conseguiram. O mundo está em transformação. Precisamos todos entender e compreender o home-office, o teletrabalho, o trabalho híbrido. São novas formas de trabalho que se apresentam. Precisamos mensurar a saúde de trabalhar em casa e dos trabalhos nestes novos formatos. O prédio da IBM em São Paulo tinha 4 mil trabalhadores. Creio que hoje não trabalha mais nem a metade, fisicamente no local, são os novos desafios, formatos. E são todos trabalhos”.

 

No fechamento do painel o ministro Douglas Alencar Rodrigues, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), enfatizou o papel sindical patronal e laboral para a dignidade do trabalho. “É muito importante o diálogo dos sindicatos com as empresas e trabalhadores. Acredito que este debate ajuda na qualificação de novas lideranças, atentas as mudanças e necessidades do atual mundo do trabalho, que avança e requer entendimentos”.

 

A discussão ocorreu no painel 18, que integrou o III Congresso Nacional e I Internacional da Magistratura do Trabalho, realizado pela Associação Brasileira dos Magistrados do Trabalho (ABMT) em parceria com a Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP), em Foz do Iguaçu (PR).

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